quinta-feira, 25 de junho de 2009

O Limiar entre o acordado e o dormindo.

Existe um vale imenso e entre eles a passagem é uma ponte de ferro, mas é curva como se fosse aquela de madeira de filme americano.

O vale: As montanhas são gigantes, extremamente altas e pontudas. A ponte parte do pico mais alto das montanhas.

Eu: tenho que atravessar a montanha e uso uma luva ante derrapante. Tenho que atravessar a ponte, mas não pode ser por cima, tem que ser por baixo, segurando com as mãos. Meus braços não conseguem muito, não tenho muita força, mais ainda acho forças pra me segurar. Tenho muito medo de tirar uma mão e coloca lá mais pra frente pra prosseguir e cair no abismo, mas posso tentar subir na ponte e não mais ir por baixo, mais olho pro lado e vejo minha amiga Maiana caindo do abismo. (o abismo é imenso... tem água lá embaixo).

Fora ela mais ninguém está comigo, todos foram embora, caíram... Nesse momento estou absolutamente sozinha lutando pela minha vida. Sempre tive pavor de altura, meus pés se arrepiam muito com lugares altos, mas lá estou eu. A luta perdeu o sentido depois de sua queda, então solto minhas mãos e caio.

Depois da queda: Espatifei no chão e não tem ninguém lá, nem Maiana, nem Família, nem amigos e nem A pessoa que eu amo (a que escolhi para namorar) só tem eu. Por milagre não morri, mas estou agonizando, a única coisa que se mexe são meus olhos, eles piscam e olham para os lados. Estou imóvel, parada.

Os animais: Chega um leão e começa a arrancar pedaços da minha barriga com os dentes, sinto a dor, sinto todas as dores, ele leva esse pedaço de mim, chega outro animal e arranca mais um pedaço de mim. Eles me devoram, mais eu estou viva, com os olhos atentos e sendo devorada, sinto tudo, tenho consciência de tudo.

Voltando no tempo: Eu volto no tempo e volto para a ponte. Consigo com a última força que tenho subir a ponte, a Maiana sobe comigo agora a questão é só atravessar a ponte. Eu realmente tenho medo de altura, mais não vou deixar minha vida acabar por causa do medo. Desesperada eu caminho na ponte, ela não tem fim e não to nem no meio, mais já não dá mais pra voltar. Ao menos não estou sozinha.

Beatriz Lopez

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