sábado, 12 de setembro de 2009

Carolina.

Hoje me refiro a musica do Chico Buarque “Carolina” para homenagear todos aqueles perderam um amor, seja como e qual for esse amor.

Processo, processar, acionar as defesas pessoais, atuar a favor da resolução.

Quando se perde algo é como um tango fúnebre, será que nos encontraremos outra vez? E se for diferente? Aquilo que se tinha foi embora? Cadê o amor?
O apego, o medo de não se ter mais aquilo que era tão doce, sutil e arrebatador.

Amar...

Suave é a palavra amor... Mas amedronta, entra pelos poros e o controle foge, o chão muda. Como antes era possível viver sem aquele e hoje não mais? O que alivia afoga, mas ainda assim queremos o amor. Quando ele se perde, se esvai o chão vai embora.
A razão sempre nos conta que isso vai passar e que irá se recuperar.
A emoção já diz para esperar que a pessoa volte, visto que o amor era dos dois e então pessoa sentirá o mesmo e vai voltar.
Esperança...
Esperar...

...
...
...

Nada
...

Então senti na musica de Chico Buarque a expressão carinhosa dessa esperança.

Carolina
Chico Buarque.

Carolina
Nos seus olhos fundos
Guarda tanta dor
A dor de todo esse mundo
Eu já lhe expliquei que não vai dar
Seu pranto não vai nada mudar
Eu já convidei para dançar
É hora, já sei, de aproveitar
Lá fora, amor
Uma rosa nasceu
Todo mundo sambou
Uma estrela caiu
Eu bem que mostrei sorrindo
Pela janela, ói que lindo
Mas Carolina não viu

Carolina
Nos seus olhos tristes
Guarda tanto amor
O amor que já não existe
Eu bem que avisei, vai acabar
De tudo lhe dei para aceitar
Mil versos cantei pra lhe agradar
Agora não sei como explicar
Lá fora, amorUma rosa morreu
Uma festa acabou
Nosso barco partiu
Eu bem que mostrei a ela
O tempo passou na janela
Só Carolina não viu

Musica de Chico Buarque


Beatriz Lopez

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Temperatura.

É comum ver casais que tomam banho juntos. Para os apaixonados é um momento belíssimo, ensaboar com carinho, dividir a alegria de molhar-se em uma água que agrada a pele. Torna-se até um ato de massagem.

O ponto é achar a água ideal para os dois, não é fácil encontrar duas pessoas que se satisfazem com a mesma temperatura. O que é bom para um, não necessariamente é também para outro.
Relações são assim, temperaturas variáveis. É como o corpo, quando estamos com febre um banho bem quente chega a ser essencial para tirar parte do frio, mas sem ela a água torna-se tão quente que escalda. Num dia mais frio algo mais caliente... Em dias ensolarados algo que possa esfriar.

Não há medida!

Sinto que as relações são como o banho, depende da temperatura de cada um. Tem vezes que os dois estão calorosos e com expectativas próximas, outras nem tanto. O que é frio para um chega a queimar o outro e num banho a água não irá satisfazer nenhum dos dois gerando a insatisfação de ambos.

Não tem segredo, não tem mistério, não tem receita. O que temos é sentimento e esse é impossível de ser controlado por outra pessoa.

Beatriz Lopez.