terça-feira, 2 de outubro de 2007

Grão.


Em tantos momentos estive pensando,
Sentindo a presença constante de alguém que sempre está em minha memória.
Momentos difíceis, dias estranhos e sempre tenho aquela pessoa ao meu lado.
Tenho poucas certezas enraizadas das quais digo que nunca vou mudar de idéia e uma delas é saber que a família é algo que temos alem dos laços de sangue e que parte dela podemos escolher.
Amigos, bons amigos são tão preciosos como os que trazemos desde que nascemos...
Queria saber como um Grão consegue saciar tanto as necessidades de um ser como eu tão cheio de fome!
Mas essa pessoinha tão grande e tão sensível pode e sempre faz com que a luz que se queimou se torne algo bom, mesmo sem palavras.
Um simples toque, um mero olhar ou até mesmo algo mais simples que isso, a presença... Ela de fato é algo que transforma e preenche espaços tão vazios.
De tudo se pode extrair muito mais do que o nosso olho enxerga, basta sentir. A cada tropeço me sinto cheia de coisas novas e essas coisas dizem muito de mim e dos outros.
O Pequeno Grão é tão puro em sua essência e tão verdadeiramente humano como todas as pessoas, cheio de emoções, erros, acertos e vida.
É um Grão pela sutileza, delicadeza e simplicidade, mas é um dos maiores presentes que à vida me deu.
Erramos muito com as pessoas queridas, mas essa é uma nomeação que perde o sentido se olharmos os acontecimentos como um todo e não pela parte e muitos desses caminhos que nos fizeram sofrer nos levaram hoje a ver o tanto que a pessoa que esta ao nosso lado é essencial e gigante!
Pessoas são o detalhe fundamental da vida. Pessoas que escolhemos ou que nos escolhem são a pitada do que faltava para completar o sabor.
Hoje eu agradeço a muitas pessoas e em especial ao meu querido Grão.
Beatriz Lopez

sábado, 29 de setembro de 2007

Escolha.


Escolher caminho,
Cada passo um espaço.
Peço ao coelho cinza que me ajude, olha para mim e nada me responde.
Me dê, mesmo que por um momento, aquele com pintas na nuca...
E que pintas...
Pedras entram no sapato e não saem, tenho dificuldade para alcançar.
De longe ele sorri, quanto mais me aproximo mais à realidade se afasta. Só sonho...

Nada posso ter alem de uma expressão em seus lábios contente.
O coelho continua sem responder e o desejo confunde ainda mais minhas certezas e a única que tenho é 1825, que é o tempo que nos desvia.
O sexto dia da semana, a cada ciclo uma explosão. Me aproximo, me despeço e me calo com toda sede de sua saliva.

Se eu falo que faria diferente, é mentira!
Se o faço é por que escolhi, se escolhi ele é por que o quero mesmo acreditando que nunca o terei!

Quantas vezes será preciso me reprovar para entender que meus olhos se direcionam ao perigo?
É imenso o caminho a percorrer, assim como o espaço que fica entre nos.


Beatriz Lopez

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Sol


Quando ando pela rua e esta frio busco o sol, não há nada melhor do que o sol no inverno...
O sol que bate nos pés pela manhã na hora de sair da cama, que aquece o gato dorminhoco...
Se eu fosse o sol aqueceria os corações assombrados, os irmãos doentes de infância, os irmãos doentes de ira!
Mas o mesmo que esquenta mata e queima!
Há de se respeitar o sol, mesmo o bem pode ser nocivo. Sigo dizendo que se EU fosse o sol aqueceria os corações assombrados, mas tostaria aqueles que tentassem apagar o meu fogo!
Foi o que disse uma amiga... Hoje acho que ela queria ser respeitada!
Beatriz Lopez