sábado, 29 de setembro de 2007

Escolha.


Escolher caminho,
Cada passo um espaço.
Peço ao coelho cinza que me ajude, olha para mim e nada me responde.
Me dê, mesmo que por um momento, aquele com pintas na nuca...
E que pintas...
Pedras entram no sapato e não saem, tenho dificuldade para alcançar.
De longe ele sorri, quanto mais me aproximo mais à realidade se afasta. Só sonho...

Nada posso ter alem de uma expressão em seus lábios contente.
O coelho continua sem responder e o desejo confunde ainda mais minhas certezas e a única que tenho é 1825, que é o tempo que nos desvia.
O sexto dia da semana, a cada ciclo uma explosão. Me aproximo, me despeço e me calo com toda sede de sua saliva.

Se eu falo que faria diferente, é mentira!
Se o faço é por que escolhi, se escolhi ele é por que o quero mesmo acreditando que nunca o terei!

Quantas vezes será preciso me reprovar para entender que meus olhos se direcionam ao perigo?
É imenso o caminho a percorrer, assim como o espaço que fica entre nos.


Beatriz Lopez

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