sábado, 18 de agosto de 2007

A Rainha.



Engraçado foi descobrir desejos enraizados, os quais são tão óbvios que nunca tinha dado conta que eles existem...
Tentei entender, será?
Hoje posso dizer que me conheço mais do que ontem, mas não conheço nem um décimo do que eu gostaria.
O outro dia me chamaram de rainha. Qual figura era essa? Digo que boa não chega nem perto... No imaginário dele sou tirana, no meu toda minha agressividade é magoa. Poderiam ser sinônimos (assim como nos dois somos parecidos), mas são tão doloridos os dois...
Aquele que diz é tão sofrido quanto eu, a Rainha que chora é tão tirana quanto ele. Os que causaram danos irreversíveis em nós só são como nós. Passo a passo lutando nessa escola para sobreviver à melancolia.
A Rainha sempre linda, o falante sempre forte e os causadores sempre cansados.
Seriam eles de fato causadores? Seria a monarca sempre linda e ele forte?
Enxerguei que se fosse uma Rainha, antes, usaria o poder de mando para receber um afeto infantil, um carinho que só as crianças dispõem que nenhum duque supre. Só que perceber que a mão que acaricia só tem valor vinda de vontade própria me fez acreditar que nunca seria feliz um tirano... A não ser que seus afagos fossem dados sem o uso do dedo opressor.
Agora que me dei conta dessa floresta sei que parte dela nunca passará do imaginário nem do nome desejo... Mas como as plantas sempre dão frutos ou folhas entendi que a criança pode ser cuidada e acariciada por ela mesma!
Beatriz Lopez

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